Vestindo unicamente uma túnica branca, a mulher reclina-se sobre o homem que jaz em seu leito de morte. Ela é uma vampira. Ele, sua última vítima. A pintura do inglês Phillip Burne-Jones causou sensação ao ser exposta em público pela primeira vez, em 1897. Tanto que, inspirado por ela, Rudyard Kipling compôs o poema “The Vampire”. Nos versos, um eu-lírico aparentemente perturbado estende-se longamente sobre o perigo representado por aquela mulher misteriosa, perto da qual os homens não passavam de tolos.
A fool there was and he made his prayer
(Even as you and I!)
To a rag and a bone and a hank of hair
(We called her the woman who did not care),
But the fool he called her his lady fair
(Even as you and I!)
(Even as you and I!)
To a rag and a bone and a hank of hair
(We called her the woman who did not care),
But the fool he called her his lady fair
(Even as you and I!)
Burne-Jones e Kipling não tiraram o tema do nada. O arquétipo da mulher fatal povoa o imaginário ocidental desde a antiguidade e, como a fênix, renasce continuamente das cinzas. A cada retorno, crescem suas vítimas e os sentidos a ele vinculados. A mulher descrita por Kipling empresta a vilania e o éthos misterioso das fêmeas medievais, tantas delas mortas acusadas de servirem o demônio. No que toca ao seu nome, também remete ao personagem de Drácula, a quem Bram Stokem deu vida no mesmo ano. Mas igualmente respinga a literatura Romântica, especialmente no que diz respeito à faceta exótica e erótica de tal produção. A “jovem fada”, ser belíssimo e selvagem que enreda o cavaleiro em armas, obrigando-o a vagar a esmo na “fria borda da colina” (“La Belle Dame sans Merci”, poema de Keats – 1919); a maga que se veste de menino no intuito de penetrar no mosteiro onde habita o monge Ambrósio e lá, o induz à libertinagem (“Monk”, romance de Lewis, 1796): aproxima essas mulheres a invulgar beleza, o porte altivo e dominador, a frieza, o canibalismo sexual.
O vampirismo delas é metafórico, o que não significa que, na literatura romântica, elas não convivessem com as vampiras literais. Um exemplo é a esplêndida Clarimonde do conto “A morte amorosa”, de Gautier. “Aquela mulher era um anjo ou um demônio, e talvez os dois; certamente não saía do flanco de Eva, a mãe comum.” – diz o pobre padre ao lembrar do momento em que os olhos dele encontraram os dela, quando ele era ordenado: “Que olhos! Como um raio, decidiram o destino de um homem.”. E efetivamente decidiram: o homem torna-se amante da vampira que, para se nutrir, bebia gotículas de seu sangue quando ele dormia.
O tema me interessa, aqui, pela relação que ele estabelece com o campo cinematográfico. Aliás, meu fascínio pela personagem da “Vampire” data da época em que inaugurei este blog, (quase) exatos três anos atrás. Nada melhor que lembrar do aniversário do meu filhinho trazendo-a de volta; especialmente considerando-se que o aniversário de “Filmes, filmes, filmes” é no Dia de Finados, dois após o Halloween... Meu fascínio foi primeiro gerado pela Theda Bara, hoje uma ilustre desconhecida da massa que vai ao cinema, porém, a principal atriz de meados dos anos 10. Em 1915, a atriz, então novata, encarnou a personagem de Kipling de modo tão altissonante que ela e sua película adquiriram fama instantânea. Na aurora do cinema de estúdio, parecia sensacional que uma atriz – ainda mais uma que desempenhasse papel de vilã – recebesse 100 cartas diárias, muitas com pedidos de conselhos; e açulasse as ligas de moralidade em torno de todos os EUA; e do dia para a noite começasse a rodar o mundo como símbolo de tudo o que era proibido e delicioso. Bara foi pioneira em mostrar o potencial mercadológico, social e simbólico do cinematógrafo.
O filme em questão, “A fool there was” (dirigido por Frank Powell para a Fox Films), apropria-se literalmente dos versos do poema de Kipling, que servem de intertítulo à encenação do declínio de um homem de família que se envolve com a personagem-título: “bela dama” tão conhecedora do “Desconhecido”, porém, tão alheia à moralidade comum. A fita aproveita-se igualmente da trama de “A fool there was”, drama em três atos de Porter Emerson Browne – encenado com tanto sucesso na Broadway (em 1909) que motivou o escritor à produção o romance homônimo; texto, aliás, dedicado a Robert Hilliard, criador do principal papel masculino no palco da Broadway e um dos responsáveis pelo processo de plágio movido contra o filme. A corte acusa o filme de se apropriar do título do livro, nada dizendo sobre a linha geral da trama – da qual, diga-se de passagem, ele também se apropria.
No poema, o caso entre a “Vampira” e o “Tolo” ganha o estatuto de símbolo: tempo e lugar são suspensos; em primeiro plano está a paulatina destruição do homem que desperdiçou “honra e fé e um intento verdadeiro” com a “mulher que não se importava”. Na peça e no romance, o símbolo é encarnado num tempo e lugar: a movimentada Nova Iorque do início do século XX, mais especificamente a elegante Fifth Avenue, onde cresce uma menina e os dois meninos que a amam. Todos são amigos. Depois de adultos, a jovem casa-se com um desses dois rapazes e tem uma filha. A família e o amigo vivem às mil maravilhas até que o homem – John Schuyler, o tolo em questão – é convidado a viajar ao estrangeiro a trabalho.
Seu encontro com a “Vampire” não fica devendo nada à literatura anterior que trata do tema. Também seus olhos são presas dos olhos da malvada: “[Deus] não me ajudou; e não consegui resistir. Eu tentei! Como tentei! Mas havia algo em seus olhos, eram olhos que queimavam e crestavam!”. Sua destruição é descrita nos mínimos detalhes no romance. No fim de seus dias, já preso de corpo e alma ao comando da femme fatale, torna-se “Uma imitação enfraquecida, miserável, digna de piedade do John Schuyler que ele havia sido.”. “Honra, e fé, e um intento verdadeiro, uma esposa, uma criança, uma reputação, um caráter”, tudo ele perdeu, restando-lhe apenas o “nu, úmido esqueleto”. Como um pássaro encantado por uma cobra, ou um príncipe encantado por uma bruxa má – analogias postas no romance – não havia escapatória ao ser humano escolhido como vítima pelo ser supra-humano. Isso aproxima “A fool there was” da literatura romântica e da decadentista/ simbolista do fim do século XIX, sensíveis ao intangível e ao misterioso que circundava o homem.
Porém, a história de Porter Emerson Browne é, sobretudo, uma peça moralista. No cerne da questão está a ambição do homem, que abdicava da segurança do lar e da proximidade da família e rumava ao desconhecido. Mesmo sua força e pureza de caráter, reafirmados ad nauseam nas primeiras 100 páginas do livro, não conseguem ajudá-lo quando ele se encontra com os olhos e depois, com o restante do corpo da mulher fatal. À segurança do lar ele prefere o amor da vamp: amor que queima “como o fogo do inferno”, tão excitante quanto a rosa vermelha cujas pétalas ela debulha sobre ele. Tudo isso é contado com fortes tintas melodramáticas, que insistem em pintar a felicidade no seio do lar e num matrimônio sadio em contraposição à saciedade sexual nos braços da vampira – alegria intensa porém, mentirosa (“false heaven of unreal joys”, como pomposamente descreve o romance), como a história desfilará escolarmente ante os olhos do público.
O fim do homem é a mais vil das mortes: abandonado pela família e amigos e decrépito, ele despenca aos pés da vamp, que debulha sobre seu corpo as últimas pétalas vermelhas que ela lhe oferecerá. Aqui não há dupla interpretação – diferente do conto de Gautier, em que o padre, depois de matar a vampira, questiona-se se ele seria realmente mais feliz sem ela. No final da peça – diz a crítica dela publicada na época – a luz que banhava o casal de libertinos indicava com clareza que não era o céu que os esperava; expediente que a própria crítica aplaude, já que “textos moralizantes nunca são demais” – ela afirma.
O cinema, desde seu surgimento, acompanhou o teatro no emprego da personagem tipo da mulher fatal. Porém, no escuro da sala de exibição elas pareciam ao público mais deleitantes do que perigosas. Em “A fool there was”, a “Vampire” de Theda Bara termina com um riso sardônico enquanto desfolha rosas sobre o cadáver de John Schuyler. Nada de luz indicando punição: o homem é punido; ela sai vitoriosa. Não muito depois, por influência das ligas de moralidade, as vamps das telas principiariam a amargar claras punições pelos seus atos. Antes disso, Theda Bara vira ídolo de homens e mulheres, velhos e crianças; é transformada pelos fãs em conselheira e até leva a cabo o insólito papel de madrinha dos soldados americanos durante a Primeira Guerra (ela recebe o cetro ao som de entusiastas Vamp! Vamp! Vamp! vindos dos soldados, como lembrou-me certa vez o amigo Ricardo Leitner).
Fotografia de divulgação de "A fool there was"
Exemplo delicioso é a participação de Gloria Swanson num episódio do “The Beverly Hillbillies” de 1966, no qual ela incorpora a personagem de Theda Bara num filme rodado dentro do episódio. O “Tolo” é o pai de família, uma espécie de Zé Buscapé, o que por si só já dá dimensão de humor à apropriação. A graça ainda será multiplicada pela encenação ultrateatral do casal, pela alteração do conteúdo e alguns diálogos – numa clara referência à película de Bara – e pelo desfecho diametralmente oposto, já que o pai larga de bom grado a mulher fatal para ficar com a esposa e a filha. Abaixo há os dois vídeos para a comparação (e a diversão).
Outra releitura inteligente do tema é feita na “Roda da Fortuna” (dirigido por Vincente Minnelli, filme que foi tema do post abaixo), mais especificamente na sequência musical “Girl Hunt: a Murder Mystery in Jazz”, protagonizado por Cyd Charisse e Fred Astaire. Este filme, como o anterior, faz uma leitura metalinguística da arte; desta vez, do teatro. O número soma mistério e dança, numa referência ao filme noir – outro gênero que fizera largo uso da mulher fatal – e ao cinema musical. Desta vez, não retornam trechos do filme de Theda Bara, mas sim do poema de Kipling. A sequência apropria-se de símbolos criados pelo poeta, todavia, desfragmenta-os e os ressignifica. O farrapo, o osso e o chumaço de cabelo (rag, boné, hank of hair) aos quais o “Fool” de Kipling faz sua oração serão, no número musical, transformados nas pistas que levarão o detetive protagonizado por Astaire a descobrir o assassino ladrão de esmeraldas.
Ao longo do número, acompanhamos as andanças do homem, apresentadas de modo fragmentário e aludindo todo o tempo aos símbolos em questão: quer seja no ateliê de alta costuras, na loja de perucas ou no insólito “Bar do Esqueleto”, onde ele novamente encontrará a mulher “má” e “perigosa”, de vestido vermelho colado ao corpo e andar deslizante de cobra. A mulher – Cyd – deslizará por seu corpo e o convidará para dançar, introduzindo no sincopado número de jazz - plenamente compartilhado por ambos - a dureza e a assertividade comum ao arquétipo das mulheres fatais.
Figura diametralmente oposta é a loura delicada – também interpretada por Cyd – cujos passos de balé servem como símbolo da necessidade que ela tem de proteção. Porém, o detetive e o público descobrirão no desfecho que a malvada não era a vamp e sim, a mocinha loura. Ela é morta pelo detetive machão que verá, ao fim e ao cabo, que “alguma coisa estava faltando” para si. Faltava-lhe a mulher fatal: “Ela era má, era perigosa. Eu não podia confiar nela. Mas era o meu tipo de mulher.”. É com ela que ele acabará a história – e bastante feliz, aparentemente...
Os objetos artísticos que surgiram a partir da pintura de Burne-Jones, nos quais me detive aqui, deixam claro o que atesta Edgard Morin sobre a paulatina humanização do arquétipo da vamp. Ao me deter sobre os exemplos, procurei demonstrar como isso acontece. A “Roda da Fortuna” dá o último passo, penso eu, ao inverter o arquétipo. Fico pensando no quanto tal inversão não se relaciona ao papel que a mulher daquela época desempenhava na sociedade. Ela saía mais às ruas, votava, tinha mais voz ativa, tomava decisões; não era mais o bicho desconhecido e temido pelo homem, que ele se via obrigado a proteger ou subjugar. O que igualmente gerou outro tipo de homem: um que não se incomodava em ser domado, contanto que ele e a domadora se divertissem. Afinal, um relacionamento regado a rosas vermelhas poderia ser muito mais excitante (em todos os níveis) que as rosas brancas oferecidas pelas sensaboronas mocinhas dos anos de 1900, 1910.
Me ajudaram a escrever o post, além de Morin, Mário Praz (A carne, a morte e o diabo na Literatura Romântica).
21 comentários:
Oi, Dani!!
Parabéns pelo post, vc me surpreende a cada blogada a resenha está excelente e impecável!
É visível a perturbação do eu-lírico ao estender sobre o perigo apresentando pela aquela misteriosa mulher, portanto fiquei tão encanada que eu traduzi o verso rsrsrsrs
"Um tolo não havia e fez sua oração
(Mesmo que você e eu!)
Para um pano e um osso e uma mecha de cabelo
(Nós chamamos-lhe a mulher que não se importava),
Mas o tolo que ele chamou de a sua Fair Lady
(Mesmo que você e eu!)"
E assim a primeira vez que eu vi este poema povoou - me o meu imaginário.
Com certeza Kipling não tirou este poema do nada, inspirou-se em algo......
O Vampirismo na literatura Roman tica torna-se metafórico.
Enfim, Theda Bara ouvi alguma coisa sobre ele e como vc disse na resenha : hj uma ilustre desconhecida da massa" deve ser ao fato que o público não conheça, onde apreciam produções cinematográfica com mínimas informações culturais. Portanto, essas produções atuais não tem o fascínio das produções mais antigas.
Conteúdo da Resenha demonstra que era fascinante e tinha um potencial social intenso e sem duvida uma pioneira e um simbolo do cinematógrafo.
Bjokas!!
Renata Fernanda
Oi, Renata!
Fico contente que tenha gostado!
Infelizmente muito da produção de Theda Bara se perdeu (e ela trabalhou muito - fez mais de uma dezena de filmes só entre 1915 e 1916). Isso, somado ao fato de o público não apreciar filmes silenciosos, faz com que ela seja desconhecida da maioria. Olhada com os olhos de hoje, a atriz é um tanto quanto bizarra mesmo. O legal é tentar entender porque ela brincou com a imaginação de tantos nos anos de 1910...
Eu tenho o poema todo traduzido! Vou mandá-lo pra você pelo Facebook.
Bjs
Dani
Ualll... um show de talentos: Kipling, Burne-Jones (vi algumas de suas telas em Londres), Theda Bara... Bravo!
O Falcão Maltês
Gracias, Antonio!
Oi, Dani... Tudo bem? Qto tempo, hein...
Nossa, dessa vez vc foi longe... As vampiras do cinema, muito bem!
Eu sempre ouvia falar na Theda Bara, inclusive numa novela do Silvio de Abreu (infância tendo tv como babá é fogo), ela era muito citada mas jamais sabia quem realmente ela tinha sido, realmente como vc diz na resenha, era completamente desconhecida para mim! Agora sei um pouquinho mais...
E a Gloria Swanson??? Sinceramente tb não a conhecia até topar com suas resenhas... Se não me engano vc falou nela há pouquíssimo tempo numa outra resenha, não? Mas eu fiquei mesmo ligadinho com a sua citação nela, se referindo à cena da morte de Salomão, em que a Clô se denuncia e faz a única cena de frente para a camêra da série... Não tem jeito, fui criado vendo tv!!!!
Vi um pedaço do "Crepúsculo dos Deuses" (no YOUTUBE, tem um video relâmpago que conta a história em 5 minutos), conhecia o título mas não a história e nem Swanson! Agora, com vc, só fico prestando atenção...
Pra terminar, eu JAMAIS sacaria as referências 'vampirescas, eheheh' do "Roda da Fortuna", filme que adorei e que vc me levou pra ver, se não tivesse falado aqui...
Preciso confesso que relaxei quando nesta resenha, entrou o Fred e a Cyd, conhecidissimos meus agora...
Graças a vc!!! Um bjo!
Edison Eduardo d:-)
KKKK, Edison, essa de "Quanto tempo, hein" foi boa! Depois de enfrentarmos complicadíssimos Incidentes em Taperoá, agora nos encontramos pra falar das vampiras das telas (eita Halloween difícil da moléstia!).
Ah, assiste esse trecho da Theda Bara fazendo-se de vamp e depois o da Gloria Swanson fazendo-se de Theda Bara fazendo-se de vamp... Virei fã de Miss Swanson quando vi "Crepúsculo dos Deuses" (o filme que recentemente resenhei aqui e o qual mencionei de passagem ao falar de "Vale Tudo" e da Regina). Depois que eu o vi, fui atrás de tudo protagonizado pela atriz e trombei com essa pérola: Swanson e Zé Buscapé fazendo uma cena de amor "vampírica" num filme silencioso de 1966! Dei pulinhos de alegria quando eu a vi.
Sobre "A Roda da Fortuna" (adorei seu comentário :D), só pensei nessa analogia depois de ter revisto o filme uma porção de vezes e já estar com a poesia de Kipling na cabeça. O tema me persegue faz um tempo...
Bjão e inté logo mais!
Dani
PS: Menino, em que novela do Sílvio de Abreu Theda Bara foi citada? Uau!!
Oi, Dani... Vamos lá, com calma...
Eu quero voltar (qdo estiver em casa), então, no post do VLTD para rever a citação!!! Huuuum, fiquei sabendo q há a possibilidade da Regina lê-la, legal... Tomara que ela goste...
A novela do Silvio de Abreu era "Vereda Tropical", tinha uma enfermeira (Vic Militello) que o nome dela era Theda Bara (ou algo do tipo mas era uma citação boa)... Em "Guerra dos Sexos", que sofrerá um remake ano que vem (eu acho totalmente ruim isso mas... fazer oq, né?), teve uma festa à fantasia e a Fernanda Montenegro estava de Theda Bara, se não me engano foi ela, sim...
No youtube deve ter todas essas cenas... Bjo!!!! Edison
Como vc pode bem notar, eu era uma criança completamente televisiva... Babá nada rígida e bastante divertida.... Eheheh!
Oie, Edison.
Menino, que máximo! Vou procurar essas cenas e também perguntar pra D. Nelly, a enciclopédia televisiva da casa ;D.
Falando da Regina, primeiro, eu também espero :D. Segundo, como você sabe, estamos revendo os box do Roque Santeiro. Porcina e Sinhozinho acabaram de voltar do Texas. Você acredita que a música que embala as andanças deles pela cidade é a canção tema da Família Buscapé? Outra referência cinematográfica maravilhosamente bem usada!
Eu também cresci com a TV, e estou aqui, firme e forte!D
Bjocas
Dani
Eu adoraria estar acompanhando RQST... Sem mas colocarem os videos no youtube, fica complicadinho... Apesar de que eu tenho a novela toda em VHS... Só não tenho mais o equipamento, mas darei em breve um jeito nisso...
Se a Regina curtir o texto, 50% de chances da pizzada em janeiro dar certo, ehehehe...
Sua mãe deve lembrar da novela "Vereda Tropical", era uma com a Lucélia Santos e o Mario Gomes... Ele fazia um jogador de futebol mulherengo... Tb tinha a Marieta Severo num papel ENGRAÇADÍSSIMO Foi apartir desse personagem dela que eu comecei a curti-la... O Walmor Chagas tinha uma fábrica de perfume, o que dá título a novela, e o dono da fórmula da fragância era um senhor meio doente que vivia numa casa com a enfermeira, a Theda Bara que, às vezes, fzia umas maldadizinhas com ele, ehehehe... Mais ou menos isso... Bjão! Ah, outro pra Dª Nelly!!!!!!!
Oie, Edison!
Estou aqui com a D. Nelly (que está te mandando um beijo de volta).
Chegamos à conclusão de que sua memória televisiva é melhor que a dela :D Ela não lembra da Theda Bara e só lembrar de passagem da Marieta, mas diz lembrar nitidamente da cena descrita no Almanaque da Globo (que estamos folheando): o Mário Gomes invadindo o estádio pra comemorar um Gol de verdade, coisa que daria mais realismo à trama... Mesmo assim, ela disse que adorou a novela (está assinando embaixo da campanha "Volta Lucélia", que está clamando pelo retorno da atriz à telinha.).
Sobre "Guerra dos Sexos", ela afirma que foi uma das novelas de que mais gostou, mas tampouco se lembra da Fernanda Montenegro fantasiada de Theda Bara (cena que não consegui achar no You tube, peninha...).
Agora, você acredita que ontem trombei numa "Teuda Bara", nome verdadeiro (provavelmente artístico) de uma das atrizes de "O Palhaço"? Eita coincidência!
Sobre "Roque Santeiro", se ele saiu do, You Tube então minha amiga deve estar chorando lá na França. Ela estava acompanhando a novela diariamente...
E sobre a pizzada, minha casinha será pequena demais pra bagunça que vamos fazer! :D
Bjocas
Dani
Se prepare para a torcida do Flamengo na pizzada, ahahaha! Assim ela vai acabar tendo que sair mesmo em janeiro...
Eu procurei alguma coisa de Vereda Tropical no google mas da Theda Bara só achei uma aparição muita rápida...
Como foi o filme? Bjo!
Oi, Edison.
Vou procurar a Theda da Vereda Tropical!
Já tô na torcida aqui pra nossa pizzada vingar em janeiro!
Bjocas
Dani
PS: O filme tem duas musas minhas, a Kate Winslet e a Marion Cottilard. A Kate, pobrecita, morre logo de saída (não estou estragando muito a surpresa, não... o filme chama-se "Contágio"... já sentiu o drama, não?). Marion aguenta firme e ilumina a tela sempre que aparece, porque ela consegue ser sensacional até nessas produções atopetadas de estrelas. O filme é bem feito e divertido de se ver, apesar do tema :D
Como sempre, ótimos textos, seu Blog é indispensável. Estou seguindo já a algum tempo,aguardo uma visitinha sua no meu.
Abraços
Você é muito gentil, Jefferson!
Vou visitar seu blog com certeza.
Abs
Danielle
Sempre completíssima e surpreendente! Depois de ler seu pos, fiquei curiosa para ver o filme de Theda Bara e ler o livro de Edgar Morin!
Beijos!
Gracias, Lê!!
O filme é bem interessante. Dá uma olhada no youtube que até um tempo atrás ele estava disponível lá num arquivo único. Agora, o livro é ótimo - num só tempo inteligente e apaixonado (Morin era um pouco como a gente: num certo momento ele diz algo como "Desculpe-me, leitor, por chamar esses artistas pelo primeiro nome. É que esse analista vive os mitos que estuda". Demais, não?). Leia-o que você vai gostar muito.
Bjs
Dani
Acho fantastica e escavadora esta
busca sobre este tema fantástico, que é o vampirismo. Uma leitura gostosa, animada e, para quem viveu esta época, um traz à tona de informações que em outro local jamais encontraria.
Um trabalho digno de um parabens acima de logico, sincero e cheio de valorosismo.
Pena que eu não vivi esta época, que imagino belissima, mas vivi a época da Hammer, Cia, que produzia os mais atuais filmes de vampiro e que, também, conseguiu dar ao espectador momentos de terror intenso.
Uma matéria e tanto. Como eu gostaria de ter sido o criador deste trecho, tal o acho um ponto acima de tudo o que já se escreveu sobre o tema!
jurandir_lima@bol.com.br
Jurandir, esse seu comentário e os outros dois me deixaram comovida! Amanhã respondo mais calmamente os outros dois. Quanto às vamps, meu interesse por elas data da época em que pensei em estudar cinema mais seriamente na faculdade. Foi aí que essa sequência de "A Roda da Fortuna" (filme que eu já tinha visto mais de uma dezena de vezes) começou a reluzir na minha frente. Pensei que daria um post interessante pensar nesse percurso entre a Theda Bara e A Roda da Fortuna (ou o Gloria Swanson Story, também uma leitura humorística do tipo da vampira). Mas, como você nota bem, isso ainda dá muito pano pra manga: De "The Hunger" a "Vivir Mata" e agora o famigerado "Crepúsculo" - isso sem fazer um brainstorm muito longo... É bem possível que logo mais surja aqui um post a respeito do vampirismo no cinema posterior aos anos 80...
Abraços e muito obrigada pelas palavras tão simpáticas!
Dani
Dani, li seu texto agora e adorei. Me ajudou a formular algumas questões sobre um tema aparentemente muito diferente, mas nem tanto...
Parabéns!
Fernanda Alves
Oi, Fer!
Que ótimo saber disso! Fico feliz. Depois me conta que tema é esse, hein.
Bjos
Dani
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