Deixei passar, no dia 2 deste mês, o aniversário de dois anos do blog. Azar o meu, que perdi a chance de oferecer aos leitores esse bolo, presente de grego com que os mafiosos presenteiam o chefão da máfia de Chicago na deliciosa comédia de Bily Wilder "Some Like it hot" (1959), a grande vencedora da enquete do mês passado (50% dos votantes acharam-na a melhor de todos os tempos).
Mas, antes tarde do que nunca. O dia 2 de novembro não é dos mais risonhos para comemorarmos um aniversário. Agora que ele passou, podemos nos deliciar com a ironia desta e de uma porção de outras situações apresentadas na película - e pensar na própria ironia em que este blog se assenta, já que ele nasceu num Dia dos Mortos...
Mas, antes tarde do que nunca. O dia 2 de novembro não é dos mais risonhos para comemorarmos um aniversário. Agora que ele passou, podemos nos deliciar com a ironia desta e de uma porção de outras situações apresentadas na película - e pensar na própria ironia em que este blog se assenta, já que ele nasceu num Dia dos Mortos...
Ironia que salta aos olhos é o fato de uma comédia tão apimentada e hilária ter sido engendrada de uma relação extremamente conflituosa entre Marilyn Monroe e o diretor. Tony Curtis nos dá uns poucos detalhes sobre o caso no making of do filme inscrito na Edição Especial distribuída pela Fox. Porém, o astro prefere evocar com doçura e bom humor os momentos descontraídos vividos pela troupe. Por exemplo, na prova do figurino, após ser provocada pelos dois astros de que eles vestiriam trajes mais elegantes do que os dela, Marilyn teria levantado a blusa - sem sutiã - e lhes dito: "But you don't have this". Gentil até a morte, Tony preferiu reafirmar para a sua estrela a imagem que temos dela nas duas horas em que a vemos: Linda, de uma sensualidade meio juvenil e tola mas tão doce quanto o "Sugar" que lhe dá o nome.
A Trivia de Hollywood nos mostra outra Marilyn: uma m ulher de saúde física e mental já abalada que teria quase que enlouquecido seu diretor pelos constantes atrasos com que chegava ao set de filmagem e pelo esquecimento dos diálogos (algumas cenas teriam precisado ser repetidas 60, 70 vezes). Graças à mágica do écran, não conhecemos essa Marilyn.
É possível também que muitas dessas assertivas tenham sido estabelecidas pelo departamento de marketing da MGM, especialmente considerando que, em fins dos anos 50, a atriz vinha de uma estada no nova-iorquino Actors Studio - e, ao que tudo indica, uma estada aplaudida, em que ela teria sido considerada pário para Marlon Brando.
Não vale a pena, nessas linhas, nos aprofundarmos na persona pública e privada da polêmica atriz. Àqueles que desejam conhecê-la, recomendo o documentário sobre ela da série "Hollywood Collection" (vendida por aqui desde meados do ano), que disseca com argúcia aspectos de sua vida e obra. Descobrimos, por exemplo, que a imagem de tolinha adorável que Hollywood colou na atriz - e que, em alguma medida, ela também construiu para si - mascarava uma mulher que, para galgar os degraus da fama, não deixou de agir com algum sangue frio.
Vemos também o quanto essa imagem obrigou-a a repetir constantemente os mesmos tipos, frustrando seu desejo de experimentar no campo do drama. Uma pena: ao vermos a delicadeza com que ela interpreta uma mulher problemática no último filme de sua carreira, "The Misfits" (Os desajustados, 1961), chegamos à conclusão de que quem saiu perdendo foi seu público.
Vemos também o quanto essa imagem obrigou-a a repetir constantemente os mesmos tipos, frustrando seu desejo de experimentar no campo do drama. Uma pena: ao vermos a delicadeza com que ela interpreta uma mulher problemática no último filme de sua carreira, "The Misfits" (Os desajustados, 1961), chegamos à conclusão de que quem saiu perdendo foi seu público.
Mas aqui quem nos interessa é a Marilyn cômica, insuperável mas infelizmente subestimada, como aconteceu a tantos outros cômicos que a antecederam e sucederam - só de pensarmos que as atuações de Chaplin nunca foram premiadas pela Academia de Artes Cinematográficas...
Com Tony Curtis e Jack Lemmon, a atriz compõe um dos elencos mais impecáveis do cinema, naquela que foi considerada, pela Entertainment Weekly, a melhor comédia de todos os tempos. A opinião recente da crítica faz eco à reação do público na época em que ela foi lançada, quando atingiu uma bilheteria que a pagou várias vezes.
Em "Some like it hot", Billy Wilder prova porque é mestre em seu ofício - e seu ofício o fez passear pelo drama, pelo romance e pela comédia, sempre magistralmente, que o digam "Sunset Boulevard" e "Love in the afternoon", duas outras obras primas.
"Some like it hot" tem tudo para agradar as mais variadas parcelas do público, que vão do espectador de primeira viagem até os cinéfilos mais inveterados... A mim ela sempre revela coisas novas, e eu a adoro cada vez mais. Nela, Wilder se revela um exímio garimpeiro do campo cinematográfico. Do drama mais pungente à comédia do estilo mais pastelão, há de tudo na película - testamento pilhérico das explorações do cineasta nos domínios da Sétima Arte.
Em "Some like it hot", Billy Wilder prova porque é mestre em seu ofício - e seu ofício o fez passear pelo drama, pelo romance e pela comédia, sempre magistralmente, que o digam "Sunset Boulevard" e "Love in the afternoon", duas outras obras primas.
"Some like it hot" tem tudo para agradar as mais variadas parcelas do público, que vão do espectador de primeira viagem até os cinéfilos mais inveterados... A mim ela sempre revela coisas novas, e eu a adoro cada vez mais. Nela, Wilder se revela um exímio garimpeiro do campo cinematográfico. Do drama mais pungente à comédia do estilo mais pastelão, há de tudo na película - testamento pilhérico das explorações do cineasta nos domínios da Sétima Arte.
O enredo beira a todo tempo o absurdo: para fugirem de Chicago após terem presenciado assassinatos comandados pela máfia, dois músicos são obrigados a se travestirem de mulheres e ingressarem numa banda feminina de jazz...
Para sustentá-lo, Wilder apoia-se nas tópicas que o cinema já havia produzido nos mais variados gêneros: o suspense, a ação, o romance, o musical e, é claro, a comédia. A história se passa em 1929, época em que a Bolsa de N.Y. estava prestes a colapsar, em que o comércio de bebidas alcoólicas era proibido, em que Mary Pickford era a maior estrela do cinema, as mulheres atingiram a tão almejada liberação feminina e o jazz era o ritmo que por excelência traduzia a euforia da sociedade moderna. A soma de referências a esse passado distante três décadas (mas cujos efeitos eram bem conhecidos) e dos gêneros cinematográficos que ainda faziam sucesso é responsável pelo surgimento de uma obra deliciosamente crítica e afiada.
Para sustentá-lo, Wilder apoia-se nas tópicas que o cinema já havia produzido nos mais variados gêneros: o suspense, a ação, o romance, o musical e, é claro, a comédia. A história se passa em 1929, época em que a Bolsa de N.Y. estava prestes a colapsar, em que o comércio de bebidas alcoólicas era proibido, em que Mary Pickford era a maior estrela do cinema, as mulheres atingiram a tão almejada liberação feminina e o jazz era o ritmo que por excelência traduzia a euforia da sociedade moderna. A soma de referências a esse passado distante três décadas (mas cujos efeitos eram bem conhecidos) e dos gêneros cinematográficos que ainda faziam sucesso é responsável pelo surgimento de uma obra deliciosamente crítica e afiada.
A perícia com que Billy Wilder discorre sobre a linguagem dos mais variados gêneros cinematográficos à medida em que os alinha em seu filme soma-se aos três incríveis personagens principais que constrói: todos tão absurdos e geniais quanto a iniciativa do diretor de ironizar o modus operandi da indústria do cinema norte-americano à medida em que produzia um produto dela.
O passeio de Wilder pelos gêneros consolidados pela cinematografia é regido por um timing perfeito de comédia. O filme começa numa sequência que em nada deve aos filmes de gangsters protagonizados por James Cagney nos anos 30, regado a perseguições de mafiosos e sucessivas saraivadas de balas. Os bandidos vão dar num velório que se revela um bar ilícito, e a tensa trilha sonora é substituída pelo mais vigoroso jazz enquanto as pernas das coristas são enquadradas em primeiros planos. A alegria motivada pelo consumo do álcool nos remete às películas de William Powell & Myrna Loy, rodadas pouco depois do fim da proibição ao consumo de bebidas, nas quais o galã se revelava uma companhia mais interessante quando estava embriagado do que quando sóbrio. Todavia, Wilder não para nas referências ao passado, já que traz para sua obra um pimenta que, se o jazz ajudou a inventar desde os anos 20, por certo só pôde ser completamente saboreada nos 60, quando a censura do Hays Code recolhia os tentáculos que estendera sobre a indústria do cinema.
A principal responsável por temperar a película com erotismo é obviamente Marilyn. A atriz, aqui, repete mais uma vez o tipo da mulher sexy e inocente que tornou célebre. Porém, se essa obra se destaca em sua filmografia é porque o diretor conseguiu trabalhar ao longo dela símbolos que acenam para essa tensão entre a sexualidade e a ingenuidade. Por mais decotada que se apresente, a atriz nunca aparece vulgar. Nela, aquele desejo de ascenção social que sua personagem de Gentlemen prefer blondes" (Os homens preferem as loiras, 1953) já hilariamente verbalizara se soma ao sonho patético e genuíno de encontrar um saxofonista que a ame (já que ela só consegue se apaixonar por saxofonistas). A personagem realiza seu sonho romântico de um modo um tanto quanto enviesado, ao apaixonar-se por um suposto milionário arremedo de Cary Grant que não é outro que não... o que fugia da máfia.
O ponto alto do filme é justamente a releitura que Wilder faz da temática romântica. O plano de conjunto que toma pela primeira vez o hotel paradisíaco de Miami onde a comédia sexual se desenrolará, com direito a um coro de moças que canta uma canção alegre, nos dá a impressão de que veremos um daqueles adoráveis musicais da MGM. No entanto, uma outra redefinição nos rumos da fita se opera quando nos é apresentado aquele que (surpreendentemente) se tornará o par romântico de Jack Lemmon, um velho gabiru milionário.
Aliás, a sequência que narra o desenvolvimento dos dois pares românticos é uma das melhores de todos os tempos. Por meio de uma montagem paralela vemos a evolução de duas conquistas atípicas. Enquanto uma canção sensual acompanha as investidas de Marilyn ao supostamente frígido Curtis, um passional tango argentino mostra que Lemmon e o gabiru foram feitos um para o outro...
A ausência da censura permite que o diretor fale o mais abertamente possível sobre sexo, à maneira das películas anteriores à vigência do Hays Code e das comédias teatrais que influenciaram suas variantes cinematográficas. Além de finalmente poder povoar a ação de joelhos, pernas e decotes - algo impensável durante a censura -, Wilder pôde fazê-la ser perpassada por trocadilhos sexuais incisivos e modernos. A última sequência da película, em que o milionário aceita se casar com a personagem de Lemmon mesmo sabendo que ele é homem, já que "Nobody is perfect", é o mais perto que vi o cinema da época chegar da aceitação do homossexualismo. Sim, tal menção é feita por um viés cômico, porém, é reforçada pelo sentimento dúbio que Jerry (ops, Dafne) tem pelo noivo, "O homem que lhe daria segurança.", "O melhor homem que jamais conhecera.", "O homem cujos sentimentos ele não queria magoar.".
"Some like it hot" oferece uma deliciosa mistura de cinema clássico e modernidade que o torna uma das mais interessantes vias de acesso das novas gerações ao cinema produzido nos anos áureos de Hollywood.
O ponto alto do filme é justamente a releitura que Wilder faz da temática romântica. O plano de conjunto que toma pela primeira vez o hotel paradisíaco de Miami onde a comédia sexual se desenrolará, com direito a um coro de moças que canta uma canção alegre, nos dá a impressão de que veremos um daqueles adoráveis musicais da MGM. No entanto, uma outra redefinição nos rumos da fita se opera quando nos é apresentado aquele que (surpreendentemente) se tornará o par romântico de Jack Lemmon, um velho gabiru milionário.
Aliás, a sequência que narra o desenvolvimento dos dois pares românticos é uma das melhores de todos os tempos. Por meio de uma montagem paralela vemos a evolução de duas conquistas atípicas. Enquanto uma canção sensual acompanha as investidas de Marilyn ao supostamente frígido Curtis, um passional tango argentino mostra que Lemmon e o gabiru foram feitos um para o outro...
A ausência da censura permite que o diretor fale o mais abertamente possível sobre sexo, à maneira das películas anteriores à vigência do Hays Code e das comédias teatrais que influenciaram suas variantes cinematográficas. Além de finalmente poder povoar a ação de joelhos, pernas e decotes - algo impensável durante a censura -, Wilder pôde fazê-la ser perpassada por trocadilhos sexuais incisivos e modernos. A última sequência da película, em que o milionário aceita se casar com a personagem de Lemmon mesmo sabendo que ele é homem, já que "Nobody is perfect", é o mais perto que vi o cinema da época chegar da aceitação do homossexualismo. Sim, tal menção é feita por um viés cômico, porém, é reforçada pelo sentimento dúbio que Jerry (ops, Dafne) tem pelo noivo, "O homem que lhe daria segurança.", "O melhor homem que jamais conhecera.", "O homem cujos sentimentos ele não queria magoar.".
"Some like it hot" oferece uma deliciosa mistura de cinema clássico e modernidade que o torna uma das mais interessantes vias de acesso das novas gerações ao cinema produzido nos anos áureos de Hollywood.
22 comentários:
Ah Dani, nada melhor que comemorar o aniversário do blog me homenageando! Rs, afinal Some Like it Hot é meu filme preferido. É uma comédia que beira à perfeição, com grandes atuações, direção de arte e trilha sonora soberbos, e é claro, a direção do graaaande Billy Wilder.
Minha seqeüência preferida é justamente a que você destacou, com a noite romântica dos dois casais. Ali, Wilder sincronizou perfeitamente edição e música, e matou todo mundo de tanto rir. Falando em matar de rir, como Jack Lemmon não ganhou o Oscar por esse filme? é uma daquelas atuações antológicas, que entram no seu HD mental e você nunca mais esquece. O final, com "nobody's perfect" é... sem palavras! Na primeira vez que assisti ao filme, fiquei surpresa com o que aconteceu! Falando em surpreender, eu sou como você - sempre vejo coisas novas nesse filme toda vez que o assisto, é impressionante! Isso só mostra que Some Like it Hot, como todos os grandes filmes, nunca envelhece e pode sempre ser a solução para aquele sábado entediante/tedioso (qual dos dois é o certo? enfim...). =)
Beijinhos
Minha querida Danielle, só tenho duas palavras: VOCE ARRASOU! Sim, maravilhosa postagem... informativa mais cheia de ritmo, opinioes inteligentes, teu jeitinho que cativa a gente... OBA! Este fim-de-semana está comecando bom!
Antes de tudo: parabéns! Afinal são dois anos de blog, parabéns mesmo!
E, claro, escolheu muito bem o filme para comemorar a data. "Quanto mais quente melhor" é sim, o melhor filme de comédia. O enredo, timming comico ... tudo funciona bem neste filme!
Abs,
sebosaukerl.blogspot.com
Parabéns,Danielle. Seu blog é muito, muito bom!
Tintim!
Querida amiga Dani!!!!! Muito obrigado por nos presentear (até com bolo, ehehehe) no niver de 2 anos deste blog... Aquela história: o aniversário é do blog mas seus leitores é que ganham o presente, né??? E que presente... Marilyn é muito mais que uma DEUSA!!! Pena ter morrido tão cedo e não ter ficado mais tempo entre os súditos... Eu sou fã de "O pecado mora ao lado" e do clip (não vi o filme) "Diamonds are the girls best friend"... Fico doidinho quando escuto tb: "Just two little girls from Littlerock" por causa do último capítulo da novela "Guerra dos Sexos" (tem toda uma simbologia na história que termina com essa música) e a fabulosa, monumental e S-E-X-Y "My heart belongs to daddy"!!!! Da, da, da... Da, da, da... Da, daaaa.... Nossa! Mas onde será que devo estar com a cabeça por ainda não ter assistido "Quanto masi quente melhor", título em português que já passou centenas de vezes na tv???? Deve ser muito bom mesmo! Creio que já posso acabar com o preconceiro, vc acha que estou perdendo muito???? Um bjão grande... Edison Eduardo d:-)
Queridos, fiquei muito feliz com os comentários de vocês!
Camila, acho essa comédia perfeita em todos os detalhes - hilária, surpreendente e moderníssima. Também fica na minha lista de filmes preferidos. E concordo contigo que o Jack Lemmon precisava ter ganhado o Oscar por seu desempenho. Por curiosidade procurei saber sobre os indicados do ano e descobri que Lemmon concorreu com o (grande) James Stewart (por Anatomia de um crime) e com Charlton Heston (por Ben Hur), para quem ambos perderam. A competição foi dura naquele ano...
E sobre o entediante/ tedioso, acho que os dois funcionam, :D!
Ricardo, Meg, obrigada pelas palavras de vocês sobre o post e o blog!
Sebo, obrigada pelos parabéns! Dei uma passada por seu blog e vi que gostamos das mesmas coisas - vou começar a segui-lo!
Edison, você vai ficar louco por esse filme. É uma das comédias mais hilárias de todos os tempos. Você Precisa vê-la! É o filme ideal para, como disse a Camila, alegrar o sábado entediante. Dê uma procurada pelas lojas - eu o comprei por uns 12 reais. Ah, o clip "Diamonds are the girls best friend" é do "Os homens preferem as loiras", filme em que Marilyn diz que prefere um marido rico a um pobre assim como os homens preferem mulheres belas a feias. É outro "must see" dela, de um outro grande diretor, Howard Hawks.
Bjs, queridos. Vocês fizeram meu fds começar bem!
Dani
Daniele, voltei para reler - e gostei mais ainda!!!!!! Pena que Billy nao está mais entre nós para saber das tuas opinioes... Mais uma vez "many happy returns" para este magnífico Blog!!!!! Viva!!!!
Querido Ricardo, obrigada pelos parabéns e pelo carinho! Fiquei honrada com o elogio - imagine Billy Wilder lendo o comentário!
Beijocas e inté mais.
Dani
Parabéns (atrasado) pelos 2 anos!
Adoro esse filme. As comédias românticas de hj em dia não seriam nada sem ele.
Curiosidades de Quanto Mais Quente Melhor
Oie, Fabiane!
Obrigada pelos parabéns!
"Quanto mais quente melhor" é a comédia das comédias. Vou ler os posts do blog de vocês sobre ela.
Bjinhos
Dani
Danielle, parabéns pelos dois aninhos. Eu vou procurar lhe imitar. Vou procurar saber a data que criei meu blog e fazer uma postagem especial no aniversario dele.
Comemorar algo no dia de finados é excelente, a morte é uma etapa e não um fim. Muitas culturas tiram do dia de finados motivos para festividade e bom humor. Espírito parecido tem o povo brasileiro quando sempre faz piada de suas dificuldades, mostrando uma sabedoria brejeira.
Interessante a coincidência, pois jájá vou publicar duas postagens, uma sobre este mesmo filme e outra sobre A Estranha Passageira.
Quando você nos oferece aquele bolo, está mostrando um humor tão vivo quanto o do filme. A obra me surpreendeu sim, mai uma vez um Billy Wilder moderno, ousado, trabalhando muito bem com seus atores. É lendário esse aperreio do diretor com a Marilyn; em toda a sua vida a atriz só fez isso, aperrear e ser aperreada, em todos os sentidos. Mas Wilde sabia muito bem o tesouro que tinha nas mãos, ele podia ter escolhido outra atriz, mas isso seria trocar diamante por swarovski; tanto é que ele trabalhou com ela mais de uma vez e sempre com sucesso. Nunca a vi tão bela quanto neste filme e também me ressinto de ela não ter tido a oportunidade de pegar personagens com outras nuanças dramáticas. Muito relevante sua observação sobre a ambigüidade da relação de Daphne e Osgood. Muitos podem observar só o lado cômico da frase final do filme, mas ela vai muito além de uma frase solta.
Mais um aninho de Filmes, Filmes, Filmes! Mais um filme genial do Wilde. Mais uma excelente postagem sua. É assim que a vida segue para os felizes, sempre ao shofar da cornucópia.
Oie, Danilo!
Adorei sua mensagem! Primeiro, obrigada pelos parabéns!
Sua abordagem sobre o dia dos mortos faz todo o sentido. No México acontece um verdadeiro carnaval na época, com pessoas dançando sobre túmulos, comendo chocolates em forma de caveiras e fantasiadas com trajes macabros. Aqui no Brasil não é diferente. Em minha cidade há todo dia 2/11 no cemitério municipal o que chamamos de "Festa da Melancia": o pessoal visita os túmulos comendo a fruta...
Depois que me dei conta da data em que comecei a fazer o blog, não pude deixar de fazer uma graça com isso. A primeira cena em que me lembrei de "Some like it hot" foi essa do mafioso saindo de dentro do bolo com uma metralhadora na mão, pronto pra dar cabo do inimigo - Billy usa aqui do máximo de ironia. É demais!
Concordo com tudo o que você diz sobre a Marilyn. Eu não me lembro de ter desgostado de seu trabalho em nenhum filme, mas aqui ela está sensacional, linda e engraçada. Seu post sobre o filme - que coincidência, hein! - é ótimo. Acho que você tem razão sobre Billy ter sido relevado pela censura devido a atmosfera de inocência a partir da qual faz desfilar suas ousadias.
Qual o filme da Marilyn que você prefere? Adoro "Os homens preferem as loiras" e "O pecado mora ao lado".
Bjs
Dani
Mubom o seu blog. Parabéns!
Dê uma navegada no meu
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Abraços,
Oi, Antonio!
Obrigada pela visita e por suas palavras! Vou visitar seu blog também.
Abraços
Dani
Olhe só como temos um gosto extremamente parecido, Os Homens Preferem as Louras é a minha comédia favorita e o motivo não é tanto a Marilyn, mas Jane Russell, que mostra-se no filme uma comediante extraordinária. Eu amo o humor cínico dela, as tiradas hilárias etc. Mas já que estávamos falando da Marilyn e você citou duas comédias dela, eu também gosto muito de Nunca Fui Santa. Enfim, antigamente Hollywood fazia belas e deliciosas comédias como Aconteceu Naquela Noite. Sinto muita falta desse tipo de comédia no cinema de hoje; não que os filmes devessem imitar os do passado, mas pelo menos manter a qualidade do roteiro; aquele nível de fina ironia, e encantadora malícia não é alcançado hoje, salvo uns raros exemplos.
Mudando um pouco de assunto, lhe informo que acabei de ver a Trilogia do Dólar no clássico e belíssimo cinema São Luís aqui do Recife. Os três filmes foram um especial dentro da programação da III Janela Internacional de Cinema. As cópias foram alugadas e vieram da Austrália. Os cinéfilos daqui estão passando muito bem. Interessante como quanto mais vemos os filmes do Leone mais vemos os elementos que Tarantino modernizou.
Bjs e até a próxima.
Olá Dani
Muito obrigado por visitar o nosso blog.
Desculpe pela demora. Recentemente eu li a resenha de "O Segredo ..."
Usando o tradutor do Google ;)
Saudações da Argentina
Bjs e até a próxima.
Lorena
http://soledadvillamil.blogspot.com/
Não tem como falar como ADOOOOORO esse filme!!!
Com certeza “Quanto Mais Quente Melhor” é a melhor comédia de todos os tempos e um filme atemporal.
Pode um filme resistir a tanto tempo como um dos primeiros da lista? Sim. Com “Some Like It Hot” isso ocorreu.
A atuação de Jack Lemmon e Tony Curtis estão perfeitas como dois músicos desempregados que vivem de “bicos” tocando na noite da velha e perigosa Chicago de Al Capone...
O Desenrolar do filme é uma deliciosa comédia muito inteligente e sedutora com cenas divertidíssimas como as vividas por Dafine e seu apaixonado milionário, Osgood Fielding III (Joe E. Brown).
Os bastidores do filme são um caso a parte, como sempre MM dando trabalho, Curtes fazendo comentários indevidos e Billy Wilder um gênio absoluto.
Desculpe se não passo muito por aqui, o trabalho anda tomando meu tempo
bjo
Queria postar um pouco mais em seu espaço, mas fico constrangida. Não sou tão intelectualizada como os que aqui freqüentam e meus textos são simples, mas saiba que sempre leio o que você escreve e admiro muitíssimo seu trabalho...
Beijos
Queridos, obrigada pelos comentários. Fico muito feliz com o que vocês escrevem! Desculpas por ter demorado para responder (culpa do trabalho...).
Júnia, não me diz uma coisa dessas! Eu adoro quando você comenta. Pelamordedeus, aqui não é um espaço "intelectualizado" não. Aqui é um espaço para amigos. Adoro quando podemos debater livremente sobre os filmes (e sobre as outras cositas mais).
Sobre este filme, concordo com tudo o que você disse!! As atuações de Tony (liiindo), Jack e da Marilyn estão sem dúvida entre as melhores de todos os tempos. Eu nunca me canso de rir das absurdezas maravilhosas que acontecem durante todo o filme.
Comente mais vezes, please! Vou adorar!
Beijinhos
Dani
Oi, Lorena e Danilo!
Lorena, responderei em português porque hablo mui poco o espanhol. Seu blog ótimo, assim como a sua musa. A Soledad é sensacional, começando pelo nome. É uma atriz impressionante e, além de tudo, canta muito bem - e que repertório maravilhoso o dela!
Danilo, verdade que não se fazem mais comédias como antigamente. Nem vale a pena compararmos essa e outras tantas delícias da screwball comedy com as coisas que os norte-americanos nos empurram semanalmente. Acho que é por isso que estou gostando tanto dos filmes do Campanella. Há nele também esse humor ora amalucado, ora sensível, que dificilmente encontramos no cinema de hoje. Aliás, eu cada vez mais tenho tenho a impressão de que ele foi muito influenciado por essa produção cinematográfica dos anos 30-60.
Danilo, sabe que eu não conheço a trilogia do Dolar?
Bjos e até mais!
Dani
Danielle, meu nome é Nina, nos tornamos contatos no orkut hoje. Visitei teu Blog e fiquei maravilhada com tantas postagens de um bom gosto sem limites. E tomei a liberdade de deixar esse elogio e um pedido... Se não lhe for incomodo gostaria que fosse seguidora do meu Blog, e com certeza terei o imenso prazer em ser tua seguidora também o meu link é - http://leninsk.blogspot.com/
Oi, Nina. Tudo bom?
Muito obrigada pelas palavras tão carinhosas sobre os textos daqui! Com certeza seguirei o seu blog (na verdade, já o estou seguindo).
Beijinhos e até logo
Dani
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