Não, não estou em meio a uma crise existencial. Antes o contrário: depois de terminada a correria do semestre, deu-me uma vontade imensa que retomar um projeto de post sobre alguns usos que o cinema fez do famoso monólogo em que o torturado príncipe da Dinamarca, depois de assombrado pelo espectro do pai, faz desfilar seus fantasmas diante da audiência. A cena, que abre o terceiro ato e situa-se bem no meio de Hamlet, sublinha com maestria (e a partir de agora deixarei de lado os óbvios adjetivos elogiosos, desnecessários, já que falamos de Shakespeare) o desespero vivido pelo protagonista - cristão e político exemplar que almeja punir a mãe pela entrega sexual desta ao assassino do pai dele, o qual além de tudo era cunhado da mulher, ligação considerada incestuosa naquela corte. A célebre cena se sucede ao encontro entre a rainha, o novo rei e os dois amigos de infância de Hamlet, convocados à Dinamarca pelo rei para que pusessem um freio na loucura cada vez mais flagrante do herdeiro do trono. Na cena, Hamlet examina dialeticamente, sob a ótica cristã, o porquê de os sofredores não colocarem fim às suas vidas:
Morrer - dormir -
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
(tradução de Millôr Fernandes)
E paramos por aí na citação porque o solilóquio já é bem conhecido, se não por meio da peça, por meio das dezenas (literalmente) de versões cinematográficas dela rodadas desde que, em 1889, a diva Sarah Bernhardt aceitou a incumbência de desempenhar defronte de uma câmera da Pathé o duelo final entre Hamlet e Cláudio. As versões mais conhecidas da tragédia são a de 1948 e a de 1990, protagonizadas, respectivamente, por Laurence Olivier e Mel Gibson. Ainda que a primeira seja, sem dúvida, a melhor (dando ao talentoso ator-diretor o Oscar de melhor performance, além de outros três prêmios da academia, de melhor filme, direção de arte e figurino), não consigo gostar tanto dela quanto gosto da peça - talvez porque lhe falte aquele quê explosivo que torna as palavras impressas em cada página da peça mais resplandecentes que a tradução visual delas na película. E olhem que sou bastante adepta de adaptações de obras literárias ao cinema... Talvez seja esse desconforto que me faz preferir as leituras paródicas da cena. Por isso, e porque eu estou contagiada pela alegria de final de semestre e da aproximação do Natal, vou passar por duas dessas paródias a partir de agora.
*
Comecemos pela screwball comedy "Ser ou não ser" (To be or not to be, 1942), dirigida pelo alemão Ernst Lubitsch. A comédia ocupa com razão posto em todas as listas dos 100 melhores filmes que eu conheço: ela não só é divertidíssima, com um elenco de afinação ímpar - encabeçado por dois grandes comediantes da época, Jack Benny e Carole Lombard -, mas também faz uma crítica incisiva ao Nazismo. O filme merece um post bem detido só para si, que trate dos incríveis trocadilhos a la Lubitsch e demonstre como sua estrela estava bela e impecável na pele da atriz sedutora, mas como estou preguiçosa na mesma medida em que estou alegre, deixarei a tarefa para outro dia. Usarei esse espaço para recomendá-lo entusiasticamente àqueles que admiram "O grande ditador" (1940), "Bastardos inglórios" (2009) e "Vincere" (2009) - obra prima do cinema italiano que deu o ar da graça bastante rapidamente por aqui faz algumas semanas -, pois "Ser ou não ser" sem dúvida seguiu a linhagem fundada por Chaplin e inspirou muitas sátiras maravilhosas a malucos como Hitler e Mussollini.
Carole Lombard
Nesta película de Lubitsch, a crise existencial vivida por Hamlet ganha um plano muito mais palpável. O inimigo também apresenta-se na pele de um governante autoritário, mas mil vezes mais mortal: Hitler invade a Polônia, onde habita a troupe de teatro oficial - oficial mas, não obstante, extremamente canastrona... - chefiada pelo exibido Joseph Tura, interpretado por Benny. Por meio de sucessivos usos do teatro-dentro-do-teatro - estratégia tão querida por Shakespeare e fundamental em Hamlet para que o príncipe se certifique de que o tio efetivamente matara-lhe o pai - Lubitsch faz sua troupe polonesa exercer papel fundamental na resistência ao nazismo e, por fim, escapar ilesa do país. O uso da representação dentro da representação é tão engenhoso na película que deixa o espectador de primeira viagem completamente perdido - o grupo atrapalhado personifica tão bem o alto escalão nazista que torna difícil sabermos quem é o ator e quem não é, o que, em última instância, sublinha a crítica, já que, como bem mostrara Chaplin, os dois ditadores europeus, embora perigosos, não passavam de dois canastrões.
"Ser ou não ser", portanto, desce da esfera religiosa para empunhar as armas na luta pela liberdade individual - armas que são, neste contexto, o mise-en-scène e as interpretações. O Shakespeare é aqui modernizado não apenas para saciar o gosto do público mas para atender a um anseio do momento histórico. O famigerado monólogo, dito textualmente por Tura, salienta o fato ainda uma vez, já que apenas tem como utilidade servir de deixa para que os apaixonados de sua esposa deixem a plateia para irem se encontrar com ela. Vejamos a sequência, deixando de lado a ironia trágica que o filme encerra - já que foi o último rodado por Carole Lombard, morta no auge do talento e da juventude quando o avião onde viajava foi abatido pelo mesmo inimigo contra o qual "Ser ou não ser" se bateu.
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E agora, paremos um pouco em "O filho da noiva" (2001), do argentino Juan José Campanella - uma de minhas mais novas paixões.
Quando escrevi sobre "O Segredo de seus olhos" (2009), esbocei minha impressão de que seu diretor fora influenciado pelas screwball comedies. Depois de passear por sua filmografia, acho que posso transformar minha suspeita em certeza.
"O filho da noiva" não deixa nem um pouco a desejar quando comparado àquele que lhe deu o Oscar. Campanella aproveita-se mais uma vez da versatilidade de Ricardo Darín, que, se no "Segredo..." está um galã que nada deve a Clark Gable, aqui está magistral como o homem comum que luta para administrar uma ex-mulher, uma filha pré-adolescente, um restaurante e uma mãe cuja memória se esvai devido ao Alzheimer.
O filme abre num flashback nostálgico da infância do menino Rafael, na época em que ele era um Zorro de brinquedo e a mãe era sua heroína. Uma brusca viagem ao presente mostra uma mãe já num estado de avançada senilidade e um filho esquivo que em nada lembra o herói que fora em criança. A situação se agrava quando seu pai, um romântico à moda antiga, decide expor sua esposa aos olhos dos conhecidos, já que quer casar-se com ela na igreja e, assim, realizar o sonho de juventude da mulher.
O enredo, que daria um dramalhão bem ao gosto das películas de Carlos Gardel, dá as mãos à comédia devido à perícia com que Campanella conduz seu elenco amparado no excelente roteiro do qual foi um dos responsáveis.
O filme está recheado de saborosos diálogos e situações, os quais muito se aproximam daqueles que mestres do gênero criaram nos Estados Unidos entre 1930 e 1960 (o trecho que upei de "To be or not to be" oferece-nos exemplo cabal do quão bem aproveitado foi esse gênero). A réplica da ex-mulher de Rafael à afirmação dele que desejava mudar-se para o México e levar a filha consigo é impagável: "E quem vai dar aulas pra ela? O professor Girafales?". A sequência do casamento do velho casal é uma das melhores que já vi - nela, humor e poesia entremeiam-se de um modo como eu apenas vi antes em obras-primas da comédia amalucada: como a sequência de "Midnight" (1939) em que Don Ameche descobre o esconderijo de Claudette Colbert e, enquanto ambos trocam farpas, descobrimos que foram feitos um para o outro; ou a sequência do casamento de Tracy Loyd e C. K. Dexter Haven em "Núpcias de Escândalo" (1940). Como Mitchell Leisen e George Cukor, Campanella consegue criar situações cômicas extremamente humanas - o que é, como os mestres do ofício não me deixam mentir, o caminho seguro para a atemporalidade.
Agora, pararei de falar antes de inserir aqui mais algum spoiler - esse filme merece a visita do leitor e eu não tenho o direito de estragar sua fruição.
Porém, antes de tudo, Shakespeare: ele aqui surge na sequência mais hilária da película, quando o ator figurante Nino Belvedere (ótima performance de Héctor Altério), amigo do protagonista, conta-lhe que está apaixonado pela namorada daquele. O monólogo de Hamlet é declamado em primeiro plano, numa sequência deliciosamente estapafúdia que ganha ainda mais irrealidade na medida em que, em segundo plano, os amigos engendram um arranca-rabo que muito se aproxima daquelas loucuras dirigidas por Blake Edwards (diretor de Hollywood que melhor trabalha a relação entre primeiro plano e plano de fundo no gênero cômico, penso eu) entre os anos 60 e 80, como "Um convidado bem trapalhão" (1968). Como bem fizera Lubitsch no inicio dos anos 40, Campanella inverte aqui os ponteiros, transformando a mais viceral tragédia na mais arrematada comédia - comédia que não deixa de trazer consigo o gosto daqueles passionais - e belos - tangos argentinos cantados por Gardel, Hector Varella e pelo próprio Nino Belvedere quando este descreve ao amigo a fossa em que mergulhara quando perdeu esposa e filha. E, por falar em tango, alguém está se lembrando de Billy Wilder, de "Quanto mais quente melhor", do Jack Lemmon e do gabiru?
12 comentários:
Belo post, Danielle. SER OU NÃO SER é uma comédia muito inteligente e divertida... 736 obras do bardo inglês foram transpostas para o cinema e a TV. Segundo o "Guinness Book", WILLIAM SHAKESPEARE é o autor com maior número de adaptações para a tela. Na minha modesta opinião, essas são as melhores: TRONO MANCHADO DE SANGUE (de Kurosawa) e MACBETH (de Polanski).
Beijos
- Uma curiosidade: tenho uma amiga chamada Luciana Crepaldi, nos conhecemos em Barcelona. É sua parente?
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Oi, Dani!!!!
Adorei essa blogada! Interessante como vc liga os filmes... Tb tento fazer isso lá no meu blog dentro do possível...
Lembro de ter ido ao cinema assistir esse bom "O Filho da Noiva" devido ao sucesso de um outro filme (esse sim me deixou encafifado) muito impressionante e igualmente bom, de outro diretor mas com mesmo protagonista, o Ricardo Darín, que é o "Nove Rainhas" (merecedor de uma blogada dssas feitas por vc)... Nessa época aí, esses filmes argentinos estavam fazendo sucesso e chamando a atenção de toda a crítica aqui no Brasil...
Os outros dois filmes, eu não conheço mas só por um contar uma história do tempo da 2ª Grande Guerrra (sou vidrado nelas) e
fazerem parte de uma blogada sua já me deu uma vontade louca de assistí-los... Rs! Sério!!!
Um grande bjo pra vc...
Edison Eduardo d:-)
PS: Falar em "To Be or Not To Be" quero lembrar aqui tb a ótima comédia de Mel Brooks com esse título estrelada por ele e sua maravilhosa esposa na vida real Anne Bancroft... Sem súvida é uma das minhas comédias prediletas (tb abordando o tema Nacismo e 2ª Guerra Mundial!!!)
O seu blog já está na minha galeria de favoritos. Tá linkado.
Tudo de bom,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Olá, meninos.
Primeiro, obrigada pelas palavras tão carinhosas!
Antonio, eu não conhecia essa cifra. Foram 736 adaptações? Só de conhecer no IMDB o número de adaptações de Hamlet já fiquei impressionada. Não vi nenhuma das que você citou. Vou procurá-las - conheço muito pouco de Kurosawa e não muito mais de Polanski, vai ser ótimo tomar contato com 2 novos diretores.
Não me lembro de nenhuma Luciana Crepaldi. Você sabe de onde ela era? Os Crepaldis de minha família estão quase todos em Jundiaí - só meu avô seu perdeu aqui por Valinhos.
Edison, fico feliz que minha leitura do filme do Campanella pelo viés da screwball comedy tenha ficado convincente ;D
Eu vi "Nove Rainhas" e achei ótimo também. E, como você, fiquei encafifada. Certamente teria de vê-lo de novo para escrever sobre ele, pois fui totalmente levada no bico pelo enredo - meu queixo quase caiu com aquele final. Mas aceito o desafio!
Estou muito impressionada com a produção cinematográfica argentina. Há outro ótimo de Campanella também com Darín (e com Altério), "O Clube da Lua", cuja sequência inicial lembra demais a sequência inicial do primeiro musical protagonizado por Judy e Mickey Rooney, "Babes in arms". Como Woody Allen, Campanella sabe homenagear o cinema de forma brilhante. Daqui a pouco vou falar aqui sobre os quatro filmes que os queridinhos de Hollywood fizeram juntos e aí direi algo a respeito dessa semelhança.
Fico feliz que você confia em meu julgamento! Tenho certeza de que você vai gostar muito de "Ser ou não ser"! Dá uma procurada pelas locadoras (saiu uma versão nacional dele - caaara - pela Continental). A minha é da Amazon (paguei bem mais barato...) e só tem legenda em espanhol, mas posso mandar uma cópia dela pra você se vc não achá-la por aí.
Sabe que, ao procurar stills do filme, encontrei essa comédia com o Mel Brooks?! Deve ser uma versão do filme de 42. Me deu muita vontade de vê-la! Vou seguir sua sugestão e dar uma procurada nela por aqui!
bjs, meninos, e bom fim de domingo!
Dani
Dani,
Já vi o filme de Mel Brooks. É uma versão da comédia de Lubitsch. Bastante simpática, mas nem de longe pode ser comparada com a original. O humor é rasgado, popular.
Quanto a sua parente - rs - sei que é do interior de São Paulo e é artista plástica.
Beijos e apareça
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
Bem, Antonio, eu gosto do filme do Mel Brooks... Não é a melhor comédia que já vi, mas gosto muito! Realmente não conheço o original mas vou guardar o nome LUBITSCH!!!! Aquele bjão, Dani!
Olá, meninos!
Bem, vou procurar o filme e depois deixo minha opinião sobre ele aqui. Adoro humor popular tanto quanto a comédia mais fina, e, além de tudo, adoro comparar versões de um mesmo filme, então acho que vou me divertir bastante!
Bjocas e até logo
Dani
É, já que estamos falando de cinema, né??? Vale a pesquisa... Valerá mais ainda ler a tua blogada sobre os filmes... Bjão, Dani!!!
Oi, Edison!
Baixei o "Ser ou não ser" do Mel Brooks. Vou botá-lo num DVD e vê-lo amanhã, aí ensaio uma mini comparação entre eles.
Bjs e até logo
Dani
Oi, Edison e Antonio!
Vi o "Ser ou não ser" do Mel Brooks ontem. Primeiro preciso agradecer a lembrança de vocês, pois foi através desse filme que descobri o comediante (eu o conhecia, claro, mas nunca havia visto filme nenhum dele).
Me diverti muito!
É difícil estabelecer uma comparação justa entre as duas versões - o filme do Lubitsch foi feito no calor nos acontecimentos da 2ª grande guerra, enquanto que Brooks teve o distanciamento histórico que tornou a crítica ao Nazismo muito mais pontual.
Uma das minhas cenas preferidas do filme de Brooks é quando os judeus fogem do teatro vestidos de palhaços. Ali ele consegue construir bem a ironia da situação e a tensão. Se até certo momento seus vilões - que lotam o teatro - não parecem tão maus, sentimos a vilania deles no momento em que a judia se desmascara. Achei sensacional o modo como essa cena acaba de se desenrolar.
Outra ótima cena é quando levam o traidor para o teatro (teatro disfarçado de Q.G. da Gestapo) e usam todo o mise-en-scéne da sketch "The Naughty Nazis" para iludi-lo - incluindo o telefone espetaculoso que dá na cara ser um elemento de encenação, o que torna a cena bem engraçada.
Achei divertidas também as alusões às produções de sucesso dos anos 30. Por exemplo, quando um dos intérpretes do "Naughty Nazis" dá uma de soprano e lembram-no de que aquela peça não é "Naughty Marietta" (1935) - alusão ao filme com a Jeanette MacDonald e o Nelson Eddy o qual eu absolutamente adoro. A Anne Banckroft (mulher lindíssima) canta outro número da Jeanette ao piano - outra cena engraçada - do filme "Maytime" (1939).
Cada um desses filmes tem um tipo de humor. Os espectadores dos anos 80 já estavam desacostumados com o humor afiado (eminentemente verbal) de Lubitsch, por isso Brooks insere em seu filme uns adendos talvez desnecessários - como a cena de ação no avião, por exemplo. Isso faz com que perca o timing da comédia em alguns momentos (mas digo isso talvez porque goste demais do filme de Lubitsch, em que tudo parece estar em seu lugar).
Outra graça que Brooks deixou para trás foi a confusão entre os personagens da peça e os Nazistas. O seu Hitler está muito paródico e bem menos verossímil do que o criado por Lubitsch, que equilibra melhor os momentos cômicos e os dramáticos (o que deixa a comédia ainda mais engraçada e crítica).
Porém, Brooks e a esposa mandam muito bem como os personagens principais. Banckroft está comicamente agressiva na pele da mulher que procura aventura fora do casamento. Eu adoro como a Carole Lombard interpreta o papel, com a ingenuidade e a graça que punha nos papéis cômicos que desempenhava nos anos 30 e 40. Mas sei também que ela não poderia ser mais explícita do que foi ao fazer "Ser ou não ser", época em que a censura tinha o poder de suspender a circulação de um filme.
A experiência de ver o filme de Brooks depois de ter escrito sobre o de Lubitsch foi bem interessante, pois se me fez perceber bem a diferença entre eles, também salientou como o gosto do público mudou. Eu prefiro o filme de 42, mas isso não é de se estranhar vindo de mim, que tenho 28 anos de idade enquanto que meu coração tem pelo menos uns 100 (piééégas...).
Brooks sem dúvida fez um bom filme. É que a mocinha aqui é louca demais pelas comédias do princípio do cinema falado para conseguir emitir qualquer juízo crítico sensato sobre elas.
Beijocas, meninos, e até mais!
Dani
Olá, Danielle.
Estou oferecendo ao seu blouge o selo do "Prêmio Dardos". Visite o meu blogue e pegue-o, pois é um reconhecimento do seu trabalho neste espaço.
Abraços.
Adorei, Márcia!
Fiquei super feliz por meu blog ter sido um dos seus escolhidos! Vou colocar o selo à esquerda do blog e preparar o post com meus indicados!
Bjos
Dani
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