![]() |
La Sultane de l'amour (1919) |
Algumas sessões noturnas da Giornate, exibidas a partir das 20h45-21h00, são apresentadas como Eventi Speciali/Special Events [Eventos Especiais], em geral com acompanhamento musical de grupos orquestrais maiores. Destaco, este ano, a exibição dos norte-americanos “3 Bad Men” (1926), de John Ford, e “Girl Shy” (1924), de Fred Newmeyer, e do francês “La sultane de l’amour” (1919), de Charles Burguet e René Le Somptier.


“Girl Shy” (Fred C. Newmeyer, Sam Taylor, 1924) foi gloriosamente acompanhado pela pordenonense Zerorchestra, de levada jazzística, e a sua partitura foi escrita por Daan van den Hurk. Protagonizado por Harold Lloyd, o filme faz uma impagável piada do tipo de machão clássico. Lloyd, ator cômico bem conhecido do público por caminhar na contracorrente deste tipo, é o tímido aprendiz de alfaiate que resolve escrever um livro para enriquecer. Na viagem em que submeteria a obra ao editor, ele encontra a personagem de Jobyna Ralston, e o sucesso profissional passa, então, a ter para si uma finalidade especial: ele deseja desposá-la.


“La sultane de l’amour” (Charles Burguet e René Le Somptier, 1919) teria, originalmente, um acompanhamento musical de artistas libaneses, os quais, todavia, segundo Jay Weissberg, diretor da Giornate, não puderam aceitar a incumbência graças ao conflito em seu país. A música, então, ficou a cargo de um trio de musicistas da Giornate, Mauro Colombis (piano), Frank Bockius (bateria), Elizabeth-Jane Baldry (harpa).
O filme francês lê os usos e costumes árabes de forma romantizada e exotizante. A história é um fio, pretexto para o desfile de festins e a apresentação de danças protagonizadas por homens e mulheres ricamente vestidos, os quais ganham ainda mais relevo porque o filme é colorizado por meio de várias técnicas – as cores e a música são elementos que negam a imagem que o grande público tem deste cinema, mudo e em preto e branco.

Nenhum comentário:
Postar um comentário